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⚠️ Transparência comprometida.
Sabe quando você acorda e sente que algo está... apagado?
Não é doença. Não é cansaço do corpo.
É outra coisa.
Um peso sem nome. Uma névoa que você não consegue tocar, mas sabe que está ali, entre você e o mundo.
Eu tive um dia desses na semana passada.
Comida sem gosto. Conversa sem graça. Aquela sensação estranha de estar presente... mas não completamente.
E aí vem aquele pensamento sacana que todos nós já tivemos:
"Será que eu perdi algo?"
"Ou não tô no meu propósito?"
"Será que preciso buscar mais luz?"
Foi quando veio aquele click.
Tipo... um estalo silencioso no meio do peito.
Eu não precisava buscar mais luz.
Eu só precisava limpar o que estava bloqueando ela de passar.
Pensa numa janela antiga.
Aquelas de casa de vó, sabe?
O vidro ainda é bom. Mas está opaco.
Manchado por anos de dedos sujos, poeira, gordura, respingos de chuva que ninguém limpou.
Lá fora, o sol está explodindo de tão forte.
Mas lá dentro? Parece que mal entra luz.
E você fica ali, olhando pela janela, pensando:
"Que dia cinza..."
Quando, na real, o dia está lindo.
O vidro é que está uma sujo.
Respira fundo agora.
Porque o que vou te dizer pode doer um pouco:
Você não perdeu o brilho.
Você só acumulou camadas que impedem ele de passar.
E essas camadas são traiçoeiras.
Porque são invisíveis.
Silenciosas.
Chegam de mansinho e vão se acumulando sem você perceber:
Aquela mágoa que você "já superou" (mas não superou).
Aquele comentário que "não foi nada" (mas foi).
A rejeição que você engoliu e nunca digeriu.
A vergonha que você enterrou viva.
O medo que você não confessa nem pra você mesmo.
Cada uma dessas coisas
É uma mancha no vidro.
Pequena. Quase imperceptível.
Mas suficiente pra distorcer a luz.
Quando eu senti essa sensação estranha, fiz uma coisa simples.
Fiquei em silêncio.
Fechei os olhos.
E imaginei uma janela bem no meio do meu peito.
Comecei a ver as manchas.
Cada uma tinha uma história.
Cada opacidade tinha um nome.
E pela primeira vez, em vez de sair correndo atrás de mais luz...
Eu comecei a limpar.
Devagar.
Com respeito.
Como quem limpa algo sagrado.
E sabe o que aconteceu?
A luz começou a entrar.
Não mais forte.
Mais nítida.
E eu entendi tudo num segundo:
A luz nunca sumiu.
A gente é que esquece de abrir passagem.
Agora a parte que importa:
Faz isso comigo agora ou antes de dormir hoje.
1. Fecha os olhos e imagina uma janela no meio do seu peito.
Não precisa ser perfeita. Só sente ela ali.
2. Olha pro vidro.
Vê as manchas. As marcas. As opacidades.
Não analisa. Só observa.
3. Escolhe UMA mancha.
Só uma.
A que doer primeiro.
4. Passa a mão no vidro.
Literalmente. Ergue a mão e limpa.
Como quem diz: "Isso aqui não me define mais."
5. Vê a luz atravessar aquele ponto limpo.
Vê o feixe entrando forte no peito.
Sente o corpo reagir.
6. Diz pra você mesmo:
"Eu libero essa camada. A luz passa."
Seu inconsciente entende símbolos.
Seu corpo entende gestos.
E seu espírito entende verdade.
A limpeza acontece nos três ao mesmo tempo.
Última coisa:
A luz nunca faltou.
Você só esqueceu de abrir passagem. ☺️
Ass. Uma Voz
P.S. Se você conhece alguém que acha que perdeu o brilho, manda isso pra pessoa. Às vezes o problema nunca foi a luz, só o vidro que precisa de uma limpeza.
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