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E se Deus nunca tivesse escolhido um lado...

fomos nós que escolhemos por Ele?

Desde pequeno, você deve ter ouvido alguma versão disso:

“Esse é o caminho certo.”
“É assim que Deus quer.”
“É desse jeito que a verdade funciona.”

Ninguém precisa dizer com todas as letras.
A entonação, o silêncio, o medo, o costume, tudo aponta para a mesma ideia:

Existe um mapa.
Existe um jeito.
Existe uma rota correta.

Mas o tempo passa.
A vida acontece.
O espírito começa a sussurrar por dentro.
E um dia você percebe algo desconfortável, quase proibido de admitir:

O mapa que te deram… não explica o território.

Porque o território é vasto demais.
Selvagem demais.
Misterioso demais.
Vivo demais para caber numa cartilha.

E você começa a notar que cada tradição diz a mesma frase com sotaques diferentes:

“It is this way.”
“É por aqui.”
“Siga essa doutrina.”
“Essa é a verdade absoluta.”

É humano.
É compreensível.
Mas também é uma ilusão.

Religiões são caminhos.
Espiritualidade é o vento.

E o vento não pertence a ninguém.

As tradições (religiões, doutrinas…) são como janelas:
cada uma molda a luz de um jeito.
Algumas são coloridas, outras são claras, outras são estreitas, outras amplas.
Mas a luz que entra… é a mesma.

Quando defendemos a janela como se fosse o Sol, começamos a brigar pela moldura e esquecemos a claridade.

Pior:
Começamos a adorar o vidro e ignorar o céu.

E é aqui que a confusão cresce dentro de nós:

Se Deus (ou o nome que você quiser dar) é infinito…
por que insistimos em caminhos finitos?

Se o sagrado é ilimitado
por que tentamos protegê-lo como se fosse frágil?

Se o divino é liberdade
por que temos tanto medo de olhar além da fronteira em que fomos criados?

Não é rebeldia.
É maturidade espiritual.

Há um momento da jornada em que o buscador percebe:

O mapa não é a verdade, é só um desenho sobre a verdade.

E cada religião desenhou o território com a linguagem que tinha, com o nível de consciência que suportava, com o simbolismo da época.

Nenhuma delas é errada.
Nenhuma delas é completa.

O erro não está na tradição.
Está em acreditar que uma tradição pode aprisionar o infinito.

E quando você percebe isso…
a briga interna cessa.
A culpa se dissolve.
O medo de “estar desviando” perde força.

Uma liberdade silenciosa nasce dentro do peito.

A visão amplia.
O coração se expande.
O espírito respira pela primeira vez sem grades.

E você entende:

O território é o próprio mistério.
O mapa é só um convite.

Hoje, talvez sua vida esteja te pedindo isso:
um passo além do desenho.
Um olhar além da moldura.
Uma coragem mansa de dizer:

Existe mais. E eu posso explorar.”

E esse “mais” não te afasta de Deus.
Te aproxima.

Não porque você abandonou o caminho que aprendeu…
mas porque finalmente levantou os olhos para ver o céu inteiro.

Com carinho,
A Voz que Revela o Invisível

📚 Leituras que expandem essa visão de espiritualidade sem fronteiras
✅ O Tao da Física (Fritjof Capra)
✅ Os Quatro Compromissos (Don Miguel Ruiz)

Cada um deles mostra, à sua própria maneira, que o divino é maior que qualquer moldura e que o território da consciência é infinitamente mais vasto do que os mapas que herdamos.

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