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O preço do doce e o custo da alma
Toda quinta-feira, um padrão se repete aqui perto de casa: um mercadinho de bairro atrai multidões com sua "promoção de doces a R$1,00". Gomas, chocolates, bolachas recheadas, o altar semanal da indulgência disfarçada. Crianças puxam pais pela mão, adultos vasculham prateleiras como quem procura conforto. A fila se forma. O ritual se cumpre.
E eu observo.
É quase irresistível não pensar: por que tudo o que nos faz mal custa tão pouco?
Essa pergunta não é sobre economia. É sobre intenção.
Existe uma lógica estrutural por trás da abundância de venenos doces à disposição: quanto mais acessível o entorpecimento, menos pessoas despertas caminham por aí.
Açúcar não é apenas um ingrediente. É uma frequência. Uma das mais eficazes para reduzir a clareza mental, embotar a intuição e bloquear, sim, bloquear, sua conexão com o Eu superior.
Isso não é misticismo barato. É bioquímica. É estratégia. É espiritualidade aplicada.
Após o consumo excessivo de açúcar, o que vem não é só um pico glicêmico. É um colapso energético. O corpo desacelera, a mente se dispersa, o campo sutil se fecha. A antena espiritual, aquela que capta sinais mais sutis da existência, perde sintonia.
E um ser humano desconectado de si é facilmente controlável.
É mais fácil manipular alguém que vive buscando dopamina do que alguém que busca discernimento.
É mais barato vender o prazer imediato do que sustentar a presença profunda.
E não é interessante para certos sistemas que muitas pessoas alcancem lucidez. Que despertem. Que questionem.
É por isso que o que te adormece é barato. E o que te desperta, geralmente, exige esforço, consciência… e investimento.
O açúcar, nesse cenário, é apenas a superfície. Um sintoma. A isca.
O real inimigo não é o doce. É o que ele anestesia: a percepção.
A capacidade de estar presente em si. De sentir a própria energia. De acessar níveis mais elevados de entendimento. De questionar o que parece inquestionável.
E claro, isso não significa virar um monge nutricional ou um paranoico do rótulo. Significa ser intencional. Comer com consciência. Viver com consciência. Escolher com consciência.
Se seu corpo é templo, ele não pode ser lixeira emocional. Se sua mente é canal, ela não pode operar sob efeito contínuo de ruído.
Espiritualidade não é fuga da matéria. É domínio sobre ela.
Por isso, toda escolha que fazemos, inclusive alimentares, impacta na qualidade da conexão que temos com aquilo que é mais sutil, mais elevado, mais verdadeiro em nós.
Quer clareza? Elimine os ruídos.
Quer ouvir sua intuição com mais nitidez? Desbloqueie o canal.
Quer sentir sua espiritualidade na prática? Comece pelo corpo.
E observe.
Na próxima vez que você estiver diante da prateleira de doces, respire fundo. Pergunte:
“É meu corpo que pede isso? Ou estou tentando calar algo que precisa ser escutado?”
Talvez o açúcar seja só um disfarce. Um código emocional. Uma distração com gosto de infância mal resolvida ou de ausência de presença.
E talvez a verdadeira fome não esteja no estômago.
Nos próximos e-mails, vamos continuar explorando essas interseções entre o corpo físico e a percepção espiritual.
Temas que as religiões e dogmas evitam. Que o sistema filtra. Mas que a alma… reconhece na hora.
Até lá, cuide da sua energia como quem cuida de uma lâmpada rara: evite o que ofusca. E aproxime-se do que clareia.
Com presença e direção,
Uma Voz
📚 Leituras que limpam a lente da consciência
✅ A Arte de comer (Thich Nhat Hanh e Lilian Cheung)
✅ O Corpo Fala (Pierre Weil & Roland Tompakow)
✅ Limite Zero (Joe Vitale & Ihaleakalá Hew Len)
Cada título é um lembrete de que clareza não se compra, se cultiva. Esses livros não te dizem o que fazer. Eles te mostram o que você já sabia, mas havia esquecido.
P.S. 🔁 Envie esta mensagem a quem acredita que “um docinho não faz mal a ninguém”.
Talvez esse seja o problema: a fome não é de doce. É de direção.
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